Vai um bolinho?
26.8.07 ·
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Do meu pequeno almoço de hoje fez parte um bolo*. Não é coisa comum, mas estive a passar em revista todas as fotografias do Fabrico Próprio e seria impossível não ficar com vontade de bolo ou bolos!
O projecto existe há cerca de seis meses e designa-se como Fabrico Próprio: O Design da Pastelaria Semi-Industrial Portuguesa.
"O que é a Pastelaria Semi-Industrial Portuguesa?
Eis alguns exemplos: Pastel de Nata, Palmier, Jesuíta, Alsaciano, Bolo de Arroz, (...)
A pastelaria semi-industrial portuguesa é uma componente única do nosso património gastronómico. Formas e conteúdos são produzidos todas as madrugadas em dezenas de pastelarias e pequenas unidades industriais espalhadas por todo o país, sempre da mesma forma, numa perpetuação de um molde ou receita que desconhecemos, mas que reconhecemos imediatamente. É um fenómeno exclusivo do nosso país; nenhum outro tem uma riqueza igual no que caracterizamos de “pastelaria quotidiana”. Ao contrário da “alta pastelaria” francesa e do centro da Europa, ou das exóticas especialidades asiáticas, não há nada de sofisticado nesta pastelaria que alimenta os nossos dias em Portugal. As receitas podem ser secretas, mas os seus resultados são acessíveis a todos nós — nas pastelarias mais finas e nos bares de liceu, nas estações de comboio e aeroportos, no café de esquina.
Não falamos de especialidades e doçarias regionais (sem no entanto ignorar que algumas destas fazem parte do conjunto de bolos disponíveis diariamente em algumas pastelarias): todos os bolos que escolhemos com o nosso café, galão ou copo de leite, são os mesmos de Braga a Tavira, de Angra do Heroísmo ao Chiado.
Fazem, em todo o território nacional, não só parte da nossa paisagem alimentar, mas também material. E esta é uma realidade que facilmente nos passa ao lado. E é esse o nosso ponto de vista, como designers, quando olhamos para os bolos portugueses. Vemo-los como objectos de design de pleno direito, como o resultado de um processo de natureza projectual que caracteriza esta disciplina, onde forma, ingredientes, materiais, método e instrumentos de fabrico se conjugam para chegar a um produto final.
Fabrico Próprio será um livro bilingue de mais de 250 páginas, com contribuições de mais de 20 indivíduos portugueses estrangeiros, entre designers, escritores, ilustradores, críticos de gastronomia e arquitectura, curadores, chefs, jornalistas e fotógrafos, tanto portugueses como estrangeiros.
Além do livro, o projecto é também composto por um website (www.fabricoproprio.pt, online em Setembro), um workshop e pelo menos 3 lançamentos, acontecendo dois deles fora de Portugal.(...)"
Aqui podem ler mais (and in english) sobre o projecto e todas as contribuições são bem vindas - falo por eles. Podem juntar-se ao grupo do flickr ou então enviar contribuições para fabricoproprio [at] pedrita.net
* não foi o da imagem, antes um palmier coberto na Mexicana :P
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que ideia fixe! sim, bolos e bolos e decidir é muito complicado... o cafe é facil mas o acompanhamento... pronto, uma bola de berlim, sff...
ResponderEliminar:)
manela
O projecto parece ser bem interessante e apetitoso, mesmo para quem não é amiga de bolos, como é o meu caso...
ResponderEliminarMas fiquei mesmo bloqueada com o palmier coberto ao pequeno-almoço!!!!! palmier simples já seria demais, recheado pior ainda, mas coberto coberto coberto???? aquele açúcar!!!!!!!! ah!!!!!! corajosa tu, sem dúvida! e ficaste cheia de energia para o dia todo, até aposto!