Fui à Terra

Family stamps

Museu dos Lanificios - Covilhã

Covilhã - cidade serra



A viagem é sempre muito gratificante. Seja porque se revê a família, se partilham momentos únicos, se encontram coisas novas, se revêm outras, mas que ainda assim surpreendem sempre, ou simplesmente porque a terra é magnífica, sabe sempre muito bem a viagem. A Covilhã não sendo a minha terra natal - sou alfacinha de B.I. e de algum modo de estar - é a raíz de tudo. A minha História ( a primeira fotografia mostra o carimbo e agenda do bisavô por parte materna) começa lá e é de lá que trago motivações, imagens, objectos, histórias... enfim, uma panóplia de momentos ricos e que vou tentar partilhar neste post.
Sobre a cidade e sua História, a Wikipédia é sucinta e de correcta leitura. Pretendo destacar apenas que a palvra lanifícios é-me muito familiar. Durante anos e anos acordava (nas férias) ao som dos teares e com eles musicava palavras. Hoje as fábricas estão quase todas abandonadas e os edifícios imponentes degradados.
Nunca fui uma curiosa compulsiva da matéria. Era tudo natural demais para suscitar um interesse especial. Hoje em dia, com uma consciência mais apurada, consigo dar o valor devido ao facto de ser neta de industrias têxteis (pelas duas partes) e de poder abraçar fortemente a cidade berço de tal indústria.
Para conhecer objectos, história e viver "um pouco" uma fábrica (sem som), aconselho vivamente a visita ao Museu dos Lanifícios. Do fio ao tecido, do tingimento ao batedor, tudo nos é lá explicado.
E cá fora temos a Serra... Que cheira bem demais no Verão, mas que desta vez o frio abafou. Nada de passeios nocturnos para ver pirilampos. O melhor era mesmo estar em casa. Tive direito a umas aulas intensivas de crochet que não dispensaram o calor da braseira! Parece impossível, estamos em pleno Agosto, hoje até fui à praia, mas o arrefecimento de há dois dias atrás pedia mesmo uma braseira ligada ali em plena Serra da Estrela :)
E para completar o quadro, o testemunho de que a casa da avó B. é um mundo infinito e que de lá trago sempre a mala cheia! Já o tinha mencionado aqui. A última fotografia foi tirada no antigo quarto da costureira. Ainda restam restos e eu enchi a mala. Desta vez não trouxe saias como esta, mas quem sabe de uma próxima.

3 comentários:

  1. Anónimo09:34

    Cá encontrámos a direcção do teu blog!! pelos vistos a casa da tua avó deve ser uma espécie de caverna do Ali BáBá.... Tesouros preciosos à espera que se diga a palavra mágica para se abrir a porta: Saudades!

    As fotografias ficaram bem.
    Gostámos da mistura do pintassilgo com a flor.
    Agora só te falta explorar a outra casa dos avós onde por entre "Manganas " e "Monteiros" deves encontrar memórias de poemas, des "fiados" ao calor de braseira.
    Do resultado da tecelagem dos Pintassilgos e da fiação dos Monteiros deve sair uma manta de lã fofinha para matares as saudades no Inverno lisboeta.!!

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  2. Belo post, cheio de memórias e recordações... E belas fotografias, cheias da nitidez e do colorido das tuas histórias... Bom regresso!
    Rita

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  3. conheço a cidade, não o museu, mas pelo que li dá vontade de lhe fazer uma visita

    obrigado pela descrição, aqui longe dá sempre jeito de ler assim umas recordações fantásticas :-)

    um beijingo Portugues com sabor a Dinamarca

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